sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ora bem,
Estava eu, muito sossegadinho, a pensar com os meus botões...
Bolas já estava a enganar alguém!
... Estava a pensar com o meu botão!
Sim porque só estou coberto "nas partes". Verdade verdadinha.
Ainda há bocado, falando pelo Face Time com o Exmo. Sr. Dom Neto Deste Avô, Afonso, de sua graça, fui indagado se estava despido.
Ocorre-me, agora, que nunca percebi muito bem o porquê da expressão "as partes".
No que à minha excelsa pessoa toca, e tanto quanto sinto e vejo, está tudo junto!
Mas, escrevia eu que só estava coberto "nas partes".
Pois, só tenho vestido os boxers.
E, os meus boxers, só têm um botão.
Vá-se lá saber do porquê!
Deve ser "coisa" da Marca. Quiçá da Estilista ou da Designer.
"da ou da"!?
Sim!
Obviamente que Boxers masculinos "que se prezem", são produto de alguém do género feminino.
Só pode ser!
Pelo menos os meus tê-lo-ão sido!
Nem quero pensar noutra hipótese!
Porra!
Lagarto lagarto!
Ou será que os meus boxers só têm um botão por causa da crise!
Se calhar...
Às tantas...
... Está tudo de tanga!
Bem já estava, de novo, a enganar alguém...
Eu não estou de tanga!
Eu tenho boxers!
É verdade que só têm um botão!
Mas... são boxers, caramba!
Não, não estou de tanga... "penso eu de que"... parafraseando o Mui Digno Costa, "Trice-Rei" do Norte, Morgado da Casa de FCP, Senhor dos Altos Domínios de Bobi e Tareco e Todo Poderoso Bufador-Mor das Antas.
Mais, não serei o único que não está de tanga.
Recuso-me a aceitar tal.
Não acredito.
Não é possível!
Pois não!
Acaba de me ocorrer de "um momento para outro", é verdade, foi de repente e sem qualquer propósito persecutório..., que o Terríbal senhor do bilcreenento penteado, não está de tanga, pese embora as Presidenciais palavras há tempos proferidas.
Não é que a Criatura foi em Altíssima Missão de Soberania, perdão, digo, de Suserania às Ilhas Selvagens!
O séquito compõe-se de 20 cidadãos.
Que a História registe, para todo o sempre, os nomes destes novos, verdadeiros e épicos Heróis Nacionais!
Abra-se, de imediato, uma subscrição, a nível Mundial, com vista à edificação "in loco" de um Padrão erigido à memória dos Grandes Visitadores e Missionários da Coloquial Soberania.
Mais, que o Boliqueimado Silva seja proposto para Património Oco da Humanidade.
Mas, afinal, há mais quem não esteja de tanga.
Há sim senhor.
Acabo de concluir que ninguém, neste País, está de tanga.
... porque da carteira Presidencial ou da da sua Maria, "vistas bem as coisas" não terá saído um chavo.
Nem podia.
Não estamos todos informados da exiguidade das reformas do casal?
Alguém arregimentou a Populaça, via receita dos nossos impostos, para entrar com "aquilo com que se compram as batatas", por forma a prover às despesas de tão Gloriosa Missão. Diz-se que os custos estão estimados em 160.000€.
Ah, são as "más línguas".
Não, acho que não!
São os de língua, convenientemente contida e curta!
Quando se souber a verdadeira grandeza das verbas envolvidas...
Mas, mesmo que sejam "só" os tais 160.000€, pagos "por todos nós" alguém, no seu perfeito juízo, pode dizer que "estamos de tanga"?
É que "a coisa" ainda dá a cada Português, na saudosa moeda Portuguesa, 3$20!!!
... ele há cada um...
Descobri hoje que pouco sei de algarismos, números, aritmética, ..., e não faço a mínima ideia do que mais...!
Possivelmente, também, ando um pouco distraído.
O Sr. que não recorda em que Cartório registou a sua própria casa, empurrou os 3 partidos, ditos do arco da governação, que assinaram o memorando com a Troika, seja lá isso o que for quando quem ordena é a D. Merkl que, por sinal, não integra a dita Troika, para conversações entre eles;
Entendi - a TRÊS.
Então não é que a Hirta Criatura e Contínuo Mascante Salivar, de sua Madeirense graça Sr. Silva, meteu uma peça na engrenagem!
Mas não é uma peça qualquer.
Não é um parafuso, ou um apara-lápis, ou outro qualquer engenho.
Trata-se de algo com nome de gente.
É David Justino, tal qual.
Conselheiro Cavacal.
Homem do 'Anibál'.
Mas afinal 'a quantos' são as negociações?
Assim dá QUATRO! - contei pelos dedos.
Ó TUTELADOS, porque vos prestais a tal papel?
Estou em crer que, nos tempos dos Políticos de Barba à Homem, tal palhaçada não teria a mínima aceitação.
Claro que os tempos são outros.
Claro que estamos nos tempos dos jotinhas.
E da falta de vergonha, digo eu que já perdi a conta a tanta insensatez com que temos vindo a ser brindados nos últimos tempos!
Bem, em finais do séc. XIX,
Ruggero Leoncavallo compôs uma ópera com 1 prólogo e 2 actos a que deu o nome de "Ridi Pagliaccio".
Versa a dita ópera o assassinato de um criado da sua família.
Ó Sr. Silva, ó Hirta Criatura...
O prólogo já nos desteis!
Aguardamos que vós, Criatura que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", nos brindeis com 2 actos.
Mas cuidai bem seu Mascante Salivar que nós, povo, não somos criados de ninguém.
E muito menos o somos de vossa sapientíssima "persona non grata".
... há que "ao latir" responder "com Latim"...
Não nos "assassineis", que a vossa rouca voz para tal não está talhada.
Ficai bem Sr., com a vossa Maria e a com a vossa mania, mas quedai-nos em paz!
E, já agora, trabalhai.
Ou, se bem vos aprouver, emigrai.
Ide à vossa vida e não aumenteis a lenta agonia da nossa!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Parabéns a Aníbal Cavaco Silva

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Hoje no noticiário das 17,00H tive uma surpresa!

Hoje no noticiário das 17,00H soube que Fernando Nobre vai apresentar depois de amanhã a sua candidatura à Presidência da República!

Hoje, às 17,35H, resolvi escrever a dar os parabéns ao Sr. Silva!

A Esquersa Portuguesa não aprende!

A Esquerda Portuguesa continua a dar tiros nos pés!

A Esquerda Portuguesa vai apresentar 2 candidatos "a Belém"!

Tem alguma lógica? Tem sim senhor - a de dividir para não "reinar"...!

"A Hirta Criatura" deve estar a esboçar um sorriso de parede a parede!

"A Hirta Criatura" sabe, agora, tudo lhe ser permitido!

"A Hirta Criatura" já deve estar, devidamente acolitado, a estudar o momento mais propício para dissolver o Parlamento!

Andam para aí umas entidades a tratar de não dar sossego à malta!

São entidades pensantes... só têm uma pequeníssima falha... não pensam!

Pobres de nós! Pobres dos nossos Filhos(as)! Pobres dos nossos Netos(as)!

A partir de sexta-feira esteja-se atento aos vários "distanciamentos" do Sr. Silva!

Parabéns aos Retrógados!

Parabéns à Direita Portuguesa!

Parabéns a Aníbal Cavaco Silva!
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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

João Franco e a ditadura

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Perante o desprestígio dos dois grandes partidos, o Regenerador e o Progressista, e o fracasso dos seus sucessivos Ministérios em conseguir resolver os problemas nacionais, o rei D. Carlos resolveu apelar para uma terceira força partidária, cujos dinamismo e programa prometiam nova vida para a Monarquia. Assim chamou ao poder, em 19 de Maio de 1906, João Franco, um experiente parlamentar, que fora várias vezes Ministro e se tinha afastado do Partido Regenerador.
O programa do novo agrupamento partidário, o Regenerador-Liberal, sob a bandeira do «respeito sagrado pelas garantias individuais e a prática de um verdadeiro sistema representativo», insistia na correcção dos abusos tradicionais do poder, na responsabilidade ministerial, na independência do poder judicial, na descentralização, no desenvolvimento da instrução, no proteccionismo, na condenação do favoritismo, etc.
João Franco, rodeado por um grupo de homens competentes, honestos e bons técnicos, mas, na sua maioria, sem qualquer ligação ao poder político, pretendia governar «à Inglesa», pondo fim aos vícios da habitual administração portuguesa. O seu ministério, de cujos membros só ele tivera experiência governativa anterior, era quase todo formado por homens muito ricos, que ocupavam cargos de relevo em empresas e associações importantes.
Durante quase um ano, João Franco procurou governar dentro do quadro parlamentar e no respeito pelos direitos individuais. Nas eleições de 19 de Agosto de 1906 obteve a habitual maioria, a que se somavam os deputados progressistas, seus apoiantes conjunturais. Mas não conseguiu evitar que em Lisboa, onde o Partido Republicano se achava já solidamente entrincheirado, quatro deputados republicanos – os primeiros desde 1900 – fossem eleitos, juntando-se às oposições, a regeneradora e a dissidente progressista. Outro desaire, para João Franco, resultou das eleições autárquicas do Porto, em 4 de Novembro de 1906, onde os republicanos, coligados com alguns monárquicos oposicionistas, ganharam a câmara.

Em Novembro de 1906, João Franco cometeu o erro de levar ao Parlamento a melindrosa questão dos adiantamentos à Casa Real. O governo admitia que, ao longo dos anos, haviam sido feitos, pelo Ministério da Fazenda, «adiantamentos» de somas avultadas aos vários membros da família real, a serem deduzidas da respectiva lista civil. Como tais deduções nunca se tivessem integralmente realizado, acontecia que a família real devia ao Estado muitas centenas de contos, num total não cabalmente apurado.
Para resolver a questão, João Franco propunha um acerto de contas, com a privação perpétua de rendas de prédios pertencentes à coroa e arrendados ao Estado para diversos serviços públicos, e a venda ao Estado do iate real Amélia. Propunha também o aumento da lista civil do rei de 100 para 160 contos.
Os resultados parlamentares desta questão, foram desastrosos, quer para o Governo quer para a própria Monarquia. Os republicanos tiraram todo o partido das revelações feitas, acusando a família real e os governos de defraudarem os cofres públicos e exigindo a abdicação do monarca. Multiplicaram-se, por todo o país, os comícios e as manifestações de protesto. A imprensa, republicana, e dissidente-progressista, não dava tréguas nos seus ataques ao Governo e às instituições. João Franco preparou uma nova lei de imprensa, que fez votar no Parlamento e que, pelo seu carácter repressivo, ficou conhecida como «lei contra a imprensa».
Em Março de 1907, a pretexto da reprovação, tida por injusta, de um candidato a Doutoramento na Universidade de Coimbra, os estudantes entraram em greve que, rapidamente, alastrou a todo o país e se converteu em manifestação política contra o Governo. Com a conivência do rei, João Franco decidiu-se a entrar em ditadura, fazendo encerrar as Cortes (11 de Abril de 1907) e dissolvê-las (10 de Maio de 1907), sem a habitual marcação do próximo acto eleitoral.
Apesar de uma certa popularidade, sobretudo nos seus começos, o franquismo era acima de tudo apoiado por parte da oligarquia financeira e económica, não dispondo de raízes nas massas populares. Não controlava nem as cidades nem o campo. Era um movimento de homens esclarecidos, um protesto elitista contra o descrédito dos partidos rotativos, mas estava longe de se poder considerar um movimento nacional. O seu grande sustentáculo era o rei. Não tinha, por isso, condições de se medir com a dinâmica populista republicana, solidamente escorada nas cidades, controlando Lisboa e Porto, e enquadrada, ainda por cima, pela Maçonaria e pela Carbonária. Para se sustentar, carecia de força e da repressão.
E foi, de facto, pela força e pela repressão, que João Franco “ o Turco” governou de Abril de 1907 a Fevereiro de 1908. Começou por remodelar o ministério e depois tentou domar a imprensa num longo cortejo de querelas, suspensões e julgamentos que só contribuíam para a popularidade dos jornalistas e para o aumento das tiragens dos jornais.
Liberto da fiscalização e da obstrução das Cortes, o governo pôs fim também à oposição das autarquias, começando por dissolver a Câmara Municipal de Lisboa, adiando sine die as eleições autárquicas gerais e dissolvendo por fim todas as juntas gerais, comissões distritais, câmaras municipais e juntas de paróquias do país, que fez substituir por comissões administrativas.
Multiplicou também as prisões e detenções sem culpa formada, remodelando o Juízo de Instrução Criminal e a Polícia Civil de Lisboa e aumentando-lhes as competências. Proibiu ainda a actividade política dos centros republicanos, retirando-lhes o direito de reunião e fazendo encerrar vários deles.
No âmbito de medidas reformadoras e progressistas, João Franco preocupou-se com questões de relevo, como o bem-estar social, aumento dos vencimentos de funcionários públicos, sargentos e praças das forças armadas; descanso semanal obrigatório; aposentações para os trabalhadores; a educação (instrução militar obrigatória, construção de escolas, reorganização da instrução pública); o aumento das receitas públicas; a contracção de um empréstimo destinado a vários melhoramentos; a suspensão do plantio de novas vinhas; etc.
A reacção contra a ditadura foi imediata e generalizada. Os diversos partidos protestaram com veemência, quer junto do rei quer da imprensa. Juntaram-se-lhes os deputados e os pares do reino, o Conselho de Estado, as câmaras municipais, começando pela da capital, a Associação comercial de Lisboa e diversos outros corpos públicos. O poder judicial entrou também em conflito com o governo, negando alguns juízes validade às decisões ministeriais, o que levou a um decreto ad hoc obrigando-o a submeter-se. Várias personalidades importantes protestaram contra a ditadura e o rei, alistando-se nas hostes republicanas.
Na rua, multiplicaram-se os comícios, as correrias e os tumultos, motivando quase sempre a intervenção das autoridades, que espancavam e prendiam. A repressão à imprensa levou à publicação clandestina de vários periódicos, panfletos e livros. Em Novembro de 1907, republicanos e dissidentes, enquadrados pela Maçonaria e, sobretudo, pela Carbonária, começaram a conspirar contra o governo e o rei. Aceleraram-se a aquisição de armas e o fabrico artesanal de bombas. O governo descobriu que alguma coisa se preparava, prendendo vários implicados, entre os quais o deputado António José de Almeida, um dos dirigentes carbonários. Mesmo assim, a conspiração foi para a frente, saldando-se num completo fracasso, com a prisão ou mandato de prisão para os seus principais chefes.
A resposta do governo foi intensificar a repressão. Um decreto assinado em 31 de Janeiro de 1908 previa a expulsão do país ou a deportação para as colónias de todos os implicados em conspirações ou delitos contra a segurança do Estado, o que provavelmente se aplicaria aos chefes e militantes oposicionistas mais conhecidos e activos. Mas, logo a 1 de Fevereiro, quando a família real voltava do Alentejo, um atentado à bala vitimou D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe, colocando no trono o infante mais novo, D. Manuel.


A instituição da República


A seguir ao Regicídio vem a bonança com D. Manuel II, ou seja, a pacificação do país mediante maior tolerância e liberdade. Desacreditados o franquismo e os demais movimentos monárquicos, uma tal política reverteu em proveito dos republicanos.
Na verdade, os anos de 1908-1910 presenciaram a ascensão fulgurante do seu partido, que passou a controlar ou a desempenhar papel de relevo nas cidades e vilas de Portugal, multiplicando por toda a parte adeptos, comícios e organização. Concomitantemente, Maçonaria e Carbonária viram crescer o número das suas iniciações, com uma quase total coincidência entre os respectivos ideários e objectivos e os ideários e objectivos do Partido Republicano.
A partir dos finais de 1909, os governantes, assustados com a dimensão do movimento republicano, que tendia a avassalar a própria cultura reinante, recomeçaram a repressão com algumas suspensões de jornais e mandatos de prisão contra jornalistas. No 10º Congresso do Partido Republicano, realizado em Setúbal em Abril de 1909, fora decidido mandatar o directório eleito para fazer a República por qualquer meio. Recomeçou portanto, a sério, uma conspiração organizada para o derrube do regime, onde a Carbonária desempenharia a força de choque principal. Os aliciamentos de oficiais, sargentos e praças, tanto no Exército como na Marinha, intensificaram-se. Em Abril de 1910, no 11º Congresso Republicano, foi nomeada uma comissão para se deslocar a Londres e a Paris a fim de sondar as intenções dos respectivos governos no caso de ser proclamada a República em Portugal.
Teixeira de Sousa, regenerador que chefiava o ministério saído das eleições de 28 de Agosto de 1910, tentou conjurar o ímpeto republicano, navegando nas mesmas águas dele no que dizia respeito a uma questão de grande impacto, a questão clerical. Preparou, assim, uma série de medidas contra as congregações religiosas, nomeadamente os Jesuítas. Mas era tarde de mais. A revolução republicana estava pronta a eclodir e tivera já duas datas marcadas. O assassinato de um dos seus mais prestigiados chefes, o cientista e médico Miguel Bombarda, em 3 de Outubro, não impediu que fosse posta na rua às primeiras horas do dia 4 de Outubro, triunfando com pouca resistência no dia 5 de Outubro. Como curiosidade refiro que a República foi proclamada em Loures no dia 4 de Outubro, um dia antes de o ser em Lisboa.


Mitos e ideais


A República surgiu e triunfou em Portugal ao abrigo de dois mitos: o da Pátria decadente, «à beira do abismo», «conduzida pela Monarquia à ruína e à desonra», e o da possibilidade do ressurgimento da Pátria com novas instituições.
A decadência da Pátria devia-se sobretudo a múltiplos factores morais, todos eles incorporados na Monarquia: o jesuitismo, a «corrupção moral», o servilismo, os «preconceitos e os privilégios das castas dominantes» e outros conceitos mais ou menos vagos, difundidos e partilhados pela opinião pública. Por isso aspirava-se a uma República «pura» de «imenso e grande ideal». Mas rejeitava-se que fosse apenas uma corrente filosófica a determinante do ideário republicano. Para muitos, a República era a «consequência lógica e fatal» da própria evolução histórica portuguesa, caracterizada por instituições e costumes «fundamentalmente democráticos».
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Insuspeito Mário Crespo debitou no Insuspeito Instituto Francisco Sá Carneiro!

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O Insuspeito Mário Crespo debitou no Insuspeito Instituto Francisco Sá Carneiro!

Ficaria este cidadão esclarecidíssimo se soubesse ler nas entrelinhas.

Acontece que não tenho essa Douta capacidade, nem a Soberba para o tentar!

Não percebi muito bem se a suposta conversa de José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e um Executivo da Televisão foi ouvida porque os 4 “Conspiradores de Alto Gabarito” se julgam

totalmente irreconhecíveis,

ou desconheçam que são alvos de grande atenção,

ou considerem que a “reincidência” faz bem à saúde,

ou que quem os rodeia num restaurante público é uma cambada de surdos,

ou sejam os supra sumos do suicídio político,

ou outra coisa qualquer!

Também não entendo muito bem porque é que o Insuspeito Mário Crespo não refere o nome do tal Executivo da Televisão!

“Quim faz uma magnífica defesa e fica com a bola bem segura junto ao peito, faz um lançamento com a sua mão direita para David Luís que, tendo adivinhado as intenções do seu companheiro de equipa já se tinha deslocado a grande velocidade para a frente junto à linha lateral, consegue escapar a uma tentativa de sarrafada de um adversário, coloca magistralmente a bola em Aimar; este, fazendo uso das capacidades que todos lhe reconhecemos, passa por 2 adversários, descobre Di Maria à sua esquerda e endossa-lhe a bola; Di Maria, com 3 toques do outro mundo deixa pregados ao relvado outros tantos adversários, vê Nuno Gomes a fazer que “vai para a direita” e passa-lhe a bola com superior precisão para a esquerda; Nuno Gomes dá aquele toque que só ele consegue dar, isola um JOGADOR que corre para a baliza, remata em jeito e consegue fazer o golo da tranquilidade!”

Afinal quem é que marcou o golo!?

Alguém ficou esclarecido!?

Como não sei ler nas entrelinhas, fico completamente a leste sobre quem será, qual “herói” do caso Profumo, o 4º “Conspirador”! Talvez parte da classe jornalística, quais Iniciados, entendam o superior e imaculado monólogo!!!

Eu não!!!

O Insuspeito Mário Crespo, Virtuosíssimo Paladino da Liberdade de Imprensa, parece que se dá mal com a crítica.

O que eu acabo por não discernir muito bem é, com qual crítica!

Este acontecimento, relatado no Insuspeito Instituto Francisco Sá Carneiro, teve mesmo lugar? Mário Crespo diz que o confirmou! Como Mário crespo está acima de qualquer suspeita...

Para uns quantos está confirmado.

Para mim, não!

Para além do mais, como Mário Crespo não refere as fontes, para mim, repito-me, não está confirmado!

Eu morei umas 3 décadas junto à Fonte Luminosa. Essa é bem real. Nessa acredito.

O Insuspeito Mário Crespo debitou no Insuspeito Instituto Francisco Sá Carneiro!
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CHESSBOXING - A SOLUÇÃO?

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Em Junho pp. foi inventada uma nova modalidade desportiva. O chessboxing.

Parece ter sido criada a modalidade na Bulgária.

Bem, do Oriente vem a Luz do Conhecimento…

A “coisa” é dura! 2 minutos de boxe, 1 minuto de intervalo, 4 minutos de xadrez. Isto em 11 rondas!

Por cá temos outras rondas.

As do Dom futuro Past-Presidente com os partidos.

As do Primeiro-ministro indigitado com os demais partidos com assento Parlamentar.



A grande maioria dos Governos que tivemos em Democracia, exerceram o governo sem maioria Parlamentar.

Mas…, … os “artistas” eram outros…!

Quer-me parecer que se houver uma redefinição interna no PSD a muito breve prazo e da mesma emergir Pedro Passos Coelho, poderá este País ser governável durante um mandato completo.

Caso contrário, e partindo de um pressuposto lógico, o de o Sr. Silva não perceber a tempo e horas que, no interesse do País, não se deve recandidatar, iremos “levar” com muito protagonismo por parte da "hirta criatura".

Ai de nós! Ai do País!

J. Sócrates, P. P. Coelho, P. Portas, F. Louçã, J. Sousa, entendam-se!

Entendam-se minimamente para bem de todos nós!

O País precisa que haja um mínimo de entendimento nas bancadas Parlamentares.

Desenrasquem-se!

Como último recurso… joguem chessboxing!

O País agradecer-vos-á.
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sábado, 22 de agosto de 2009

António José Baptista da Mota Fonseca

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Grande Tó Zé!

Que saudades que me deixaste!

Nunca mais nos iremos encontrar!

Partiste num ápice com toda a tua família.

Mas porque carga de água é que vocês se foram meter debaixo do rochedo na praia Maria Luísa!?

Tão previdente que costumavas ser…

Não sei como é estar nesse mundo. Um dia sabê-lo-ei.

Espero não partir como Tu. Espero não partir ao mesmo tempo que os meus Filhos.

Espero partir antes. Partir muito tempo antes…

Adeus meu querido companheiro dos matraquilhos na Feira!

Adeus meu querido companheiro do pingue-pongue nos Bombeiros!

Adeus meu querido companheiro das incipientes tertúlias na Pastelaria Donirene!

Adeus meu querido amigo da juventude Viseense!

Adeus!

RIP

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Reviralho!

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Olá Dom Blogue! Cá estou EU!

Cá estou eu a pensar que anda a dar o reviralho na Dona Filha!

A “Piquena” anda um pouco à rasca com os exames!

Quem nunca passou por isso?

Daqui, o Dom Pai, tenta incentivar.

Daqui, o Dom Pai, tenta animar.

Força Dona Filhómetra!

Ataca!

Ataca com afinco!

Afinfa-lhes com umas respostas correctas e à maneira!

Responde-lhes com convicção!

Os resultados virão. Sejam eles bons, razoáveis ou maus, o certo é que virão!

Portanto, quanto a teres resultados, estamos conversados.

Dado que maus é já praticamente impossível pelas 4 cadeiras já feitas, restam os bons e os razoáveis o que, na minha maneira de pensar, é bom!

Assim, sejam eles quais forem, a tua estadia em Erasmus em Milão é um êxito.

Tarau! Dom Pai “dixit”!

E a vida não é só estudo…!

…É também… regresso…!

Já só faltam 40 dias!!!

O “merdelim” é que cada dia tem 24 horas; cada hora tem 60 minutos; cada minuto tem 60 segundos.

Faltam ainda muitos segundos para te abraçar.

Faltam ainda muitos segundos para matar as saudades.

Seja lá como for, já faltou muito mais!

Força e coragem na recta final!
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Tenho Neto! Tenho Afonso!

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Tenho Neto!

Tenho Afonso!

Estou bloqueado. Quero “gritar” ao mundo que sou Avô de um Bebé. As palavras orais ou escritas não fluem! Só as lágrimas continuam a fluir. Quer-me parecer que isto não é normal. Vejo-me obrigado a ter pena do Afonsinho – o Avô Paterno é, no mínimo, chalado!

Foi anteontem. Continuo emocionado.

E o Afonsinho é lindo!

Eu sei o que toda a gente sabe.
Não comento o que eu sei.
Não comento o que toda a gente sabe.

Mas… o Afonsinho é MESMO lindo! É um Bebé amoroso! É suave! É macio! É tenrinho! Dá espirros tão agradáveis de ver e ouvir! Tem um choro tão cativante! Tem um soninho tão descansado e relaxado!

Pensem o que quiserem! O meu Bebé é o mais bonito do mundo!!!

Mas é que o é mesmo!!!

E além de tudo o mais… é meu! Meu! Meu!

O meu Bebé é portador de uma farta e bem distribuída cabeleira.

O meu Bebé tem belíssimas mãos; compridíssimos e bem delineados dedos; unhas perfeitas, longas e com duas cores – à Francesa!
E faz tudo bem feito!
Faz xixi. Faz caquinha inodora. Engelha a carinha. Cerra os olhinhos. Abre muito os olhinhos. Por vezes abre um olhinho de cada vez. Dá punsinhos quase inaudíveis. Faz o mais bonito dos beicinhos. Fecha com firmeza o meu dedo na sua mãozinha.

O Afonsinho sorrí. O meu Afonsinho já sorrí! O Afonsinho é o meu Príncipe!

Já tinha passado por tais sensações por duas vezes. Há 27 e 22 anos atrás. Quando fui Pai.

Agora é diferente. Agora é melhor. Mato as saudades do meu “pequenino” e da minha “pequenina”, que são muitas, e tenho um novo Bebé.

E é meu!
Obviamente que é meu!
Alguém duvida?
Há por aí alguma santa alminha que se atreva a discordar!?

Já estou como um conhecido Major – “Quantos são? Onde estão?”…
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Afinal o sr. Oliveira pode ter sido um Democrata!

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Anda-se sempre a aprender!

Julgava eu que "Democracia" vinha do grego demos kratos - o poder do povo.

Agora, lendo um artigo de opinião do Politólogo filho do falecido Dr. Clemente Rogeiro, venho a saber que há quem defenda que vem do árabe dema karasy - o acto de se sentar, perpetuamente, numa cadeira.

Sendo assim, o sr. Oliveira terá sido um Democrata!

Ficou na cadeira tão perpetuamente que só uma queda da dita o tirou da mesma!

Qual a mui fidedigna, científica e esclarecida fonte que nos indica que "Democracia" vem do árabe?

O clarividente, esforçado, eterno e perpétuo Presidente da Líbia - o sr. Khadafi!

... outro que tal ...

... outro para quem tem lógica
... esta questão ... etimológica ...
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Saudosismos!?

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A SIC põe uma "novela" de 2 dias no ar.

O sr. Oliveira tem vindo a ser recordado com uma enorme, acéfala e triste frequência!

Livros sobre o dito sr. são aos montes!
Documentários sobre o dito sr., cá nos vão sendo presentes de quando em vez!
Num concurso televisivo, o dito sr., foi Rei!

Agora surge-nos uma "novela" sobre a vida privada do botas!

Recuso-me a ver tal coisa.

Claro que perco! Perco a Soraia Chaves. Perco a Cláudia Vieira. Perco outras meninas que apareçam na "novela".

Qual delas fará de Maria Emília?

Claro que ganho! Não conspurco a minha rica cabecinha com tontices.

Produção, por certo, apenas para consumo interno!
Que televisões, de que outros Países, terão qualquer interesse em adquirir "esta coisa"?

Que me interessa a mim que o homem, para além de ter instalado no meu País uma Ditadura, tenha tido, ou não, a sua "dita" dura?

Qual o interesse "desta coisa" neste ano?

Terá alguma coisa a ver com o facto de ser um ano de eleições?
Três actos eleitorais! Europeias, Legislativas e Autárquicas!

Já percebi!
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sábado, 3 de janeiro de 2009

A lenda da Divina Balkis e de Solimão Ben Daud

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Baseado em Gérard de Nerval apresento-vos hoje um resumo romanceado de

A LENDA DA RAINHA DA MANHÃ E DE SALOMÃO FILHO DE DAVID

A primeira publicação, de que há notícia, desta lenda aconteceu em 1730 e foi escrita por Samuel Pritchard.

Espero que gostem.
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No tempo e no espaço – Vamos tentar situar-nos em Constantinopla.

No tempo e no espaço – Vamos tentar situar-nos no Ramadão.

No tempo e no espaço – Vamos tentar ouvir um maravilhoso conto, declamado por um contador profissional, como aqueles que ainda hoje se encontram nos cafés nos bairros operários, perto dos bazares, em Istambul.

Vamo-nos imaginar, calmamente sentados num café, a fumar de um narguilé.

Ao tempo, o Templo estava a ser erguido na montanha de Sião em Jerusalém.

Quando tudo se passa já Hiram servia o Rei Salomão, filho de David, havia dez anos. Dez anos de renúncia ao sono! Dez anos de renúncia aos prazeres! Dez anos de renúncia a festas! Dez longos anos desde que o Rei Hirã de Tiro o tinha oferecido de presente, a ele que pela sua arte e engenho tinha sido considerado Príncipe de Tiro, a Salomão Príncipe dos Génios.

De noite traçava planos. De dia modelava as enormes estátuas de bronze destinadas ao Templo com que Salomão pretendia honrar Adonai. Estátuas de leões, tigres, dragões alados, querubins…

Para tamanha hercúlea tarefa, Hiram tinha instalado as forjas junto ao Templo em construção.

Hercúlea tarefa era também a condução de perto de 200.000 operários. Diz-se terem sido os fundidores mais de 30.000, os canteiros e os pedreiros mais de 80.000 e os serventes mais de 70.000.

Mas, ao certo, quem era Hiram? De onde vinha? Qual era a sua Pátria? Qual era a sua raça? Onde tinha ele adquirido todo o seu imenso saber? Ninguém, ninguém o sabia! Era um enorme mistério! Era o seu segredo!

Nem um amigo, se lhe conhecia. Só se lhe conheciam escravos devotados, devotadíssimos. E Benoni, o seu companheiro. Benoni que aplacou a sua fúria quando, por ordem de Salomão foi decretado um dia de folga, um dia em que nenhum operário trabalhou, um dia em que até os fornos arrefeceram…

Mas, ao mesmo tempo que dava andamento aos Reais desejos de Salomão, Hiram desdenhava da construção do Templo! Profundamente incomodado com a excessiva vaidade do seu Senhor, transmitia as suas preocupações a Benoni.

Contou-lhe sobre uma obra feita em tempos imemoriais pelos filhos de Enoque. Uma obra, cuja grandeza era tal, que terá espantado o próprio Criador! Tão grande fora essa obra que, após arrasada, dos seus dispersos restos tinha sido construída Babilónia!

Ensinou-lhe que o Mundo estava velho, ensinou-lhe que a velhice era débil, ensinou-lhe que à decadência se segue a queda.

Ensinou-lhe o que não era arte. Ensinou-lhe que arte era criar.

E, enquanto ensinava Benoni, Hiram interrogava-se… Uma festa… mas que festa… porquê uma festa agora?

Eis que Benoni o elucida. Benoni diz-lhe que a festa era em honra da Pérola da Arábia, a Divina Balkis, a Branca Filha da Manhã, a Rainha da Manhã, a Princesa da Manhã, a Bela de Mareb, a Sulamita, a Rainha de Sabá! Ela, a herdeira directa de Sabá o descendente de Abraão e de Kétura. Ela, a descendente de Jostão. Ela, que tinha como ascendente o patriarca Heber tetraneto de Sem, pai dos Árabes e dos Hebreus.

A Rainha de Sabá que, nessa manhã, tinha acabado de chegar a Solime para se deleitar com a beleza do Templo em construção, para se aprazer com a sabedoria do Rei Salomão.

O tom suave e monocórdico com que Benoni falava, irritava Hiram. A Hiram não agradava aquele tom monótono que comparava à fala de Musa-Bem-Anram.

E Benoni prosseguia relatando que os guerreiros, que seguiam no cortejo da Rainha de Sabá, eram em maior número que as estrelas. Que a seguiam mais de sessenta elefantes carregados de arcas com tesouros. Que a seguiam muitos camelos carregados de presentes e das bagagens da Princesa da Manhã. Que vinham homens da Abissínia, da Etiópia e do Iémen.

E Hiram ouvia. E Hiram não ouvia. Sonhador, Hiram, murmurava… “mulher de sangue puro e sem mistura… o que vens fazer a esta corte…?”

E Benoni, o seu fiel companheiro, diz-lhe que se dizia que a Bela de Mareb vinha por Salomão, vinha para casar com o seu Senhor, vinha para ter herdeiros dignos da sua raça.

A fúria de Hiram foi enorme ao ouvir as palavras de Benoni. A Hiram, conhecedor das origens de Salomão, não lhe agradava saber que a mulher de sangue puro iria contrair matrimónio com o Rei em cujas veias corria sangue escravo, filho de uma guerreira e do velho pastor David. David descendente da meretriz Ruth e possivelmente de um agricultor de Efrata.

E Hiram, com desalento, prosseguiu os seus ensinamentos a Benoni. Ensinou-lhe que aquele povo já só era uma sombra de si próprio. Que aquela Nação, na sua queda, se aproximava num ápice do Nadir. Que o luxo e a voluptuosidade tinham enfraquecido quer governantes quer governados. Que daí em diante aquele povo só iria servir para vender mercadorias nos bazares e espalhar pelo mundo a usura.

E Hiram, murmurava… “Oh Grande Balkis… Oh Filha dos Grandes Patriarcas… porque vais descer a este cúmulo da ignomínia…!?”

Benoni interrompe o triste Hiram nos seus ainda mais tristes pensamentos. Benoni trata o seu mestre por Adoniram e diz-lhe que por ser véspera do dia de Sabbat, todos os operários se aproximavam para receber o seu salário.

Chegaram todos os artesãos. Adoniram abriu os cofres-fortes e começou a pagar os salários. Adoniram fazia o pagamento em troca de uma misteriosa palavra que lhe era dita ao ouvido. Desse mistério pouco se sabia. Desse mistério sabia-se que os Mestres tinham uma senha, os Companheiros outra e os Aprendizes uma terceira. Dessa senha sabia-se ser uma palavra sacramental que não devia ser comunicada a ninguém sob pena de morte. E mais não se sabia!

Tarde, muito tarde, terminou a distribuição dos salários. Tão tarde terminou, que Adoniram resolveu ir descansar ali mesmo, pelo que mandou embora o seu companheiro Benoni e recolheu às oficinas subterrâneas, às profundezas das trevas.

Na manhã seguinte, a Grande Balkis, que tinha acampado na véspera às portas de Jerusalém, à beira do Cedron, fez a sua entrada triunfal pela porta Oriental da Cidade Eterna. Chegada ao vestíbulo do palácio, saudou o Sol que brilhava sobre as montanhas da Galileia…

Foi, sua Alteza Real, conduzida à sala do trono onde Salomão a esperava.

Salomão desceu lentamente do seu trono para receber a Rainha da Manhã. E recebeu-a, recebeu-a como só um grande Rei recebe uma grande Rainha.

Saudaram-se veneradamente os Reis galanteando-se com as suas Reais Majestades.

Sentaram-se os Reis. Não havia ouro em Salomão, que do mesmo estava coberto da cabeça aos pés, que ofuscasse a Real beleza da Branca Filha da Manhã envolvida, que estava, nas mais finas e transparentes sedas e gazes, qual lírio branco em alva e orvalhada madrugada.

Teve início um interminável cortejo de escravos que carregavam os presentes da Rainha de Sabá para o seu anfitrião, o Rei Salomão. A de tudo um pouco teve direito Salomão. Ouro, prata, pedras preciosas, incenso, mirra, peles de animais exóticos, dentes de elefantes, tudo... tudo... tudo aquilo com que a Real visitante pretendia impressionar Salomão. A de tudo aquilo com que a Real visitante pretendia seduzir Salomão.

Os Reais cumprimentos orais mútuos faziam-se ouvir em muito pouco ruidosos sussurros, acompanhados de Reais sorrisos, acompanhados de Reais vénias.

Tão pouco ruidosos, eram os sussurros, que dos mesmos pouca conta se pode dar. Sabe-se, no entanto, que a Bela Balkis se referiu às suas vestes, desculpando-se mordaz e provocadoramente dizendo “a simplicidade do meu vestuário convém à opulência e não é inconveniente à grandeza” ao que o Imortal Eclesíastes nada mais do que “pois quê Bela Rainha” conseguiu retorquir enquanto forçava um robustecer das suas Reais faces.

Tão pouco ruidosos, eram os sussurros, que nem Zabud, nem Sadoc, nem Azarias, nem Ahia, nem Elioref, nem Josafá, nem Ahias de Silo, nem qualquer outro dos mais próximos cortesãos de Salomão por mais que esticasse o pescoço, por mais que inclinasse a cabeça portadora de orelhas, se atrevia ao mais pequeno esgar, ao mais leve aceno, ao mais disfarçado sorriso…

Tão pouco ruidosos eram os sussurros, que apenas o velho, o surdo, o então já pacífico Benaía dizia com o seu idiota sorriso “Divino! Encantador!...”

Sim, Benaía, sim, esse mesmo! Benaía o, por ordem de Salomão, assassino de Joab, do Sumo-sacerdote Abiathar, do Príncipe Adonias, irmão caçula de Salomão e filho de David.

“Divino! Encantador! Memoráveis e Inesquecíveis Palavras!”, comprazia-se Benaía a dizer enquanto procurava com o seu olhar, o Real olhar do seu Real Amo e Senhor.

“Memoráveis Palavras!” repetia Benaía, o único que se ouvia, brincando com as suas condecorações e esgalhando o mais estúpido e tolo sorriso.

Continuavam os cumprimentos da Rainha de Sabá ao Rei Salomão. Resolveu a Bela das Belas apresentar a Salomão umas adivinhas e charadas. O Sapientíssimo Rei brilhou na decifração das mesmas. O Sapientíssimo Rei tinha-se preparado. O Sapientíssimo Rei tinha, na véspera, ordenado ao seu Sumo-sacerdote, Sadoc, que subornasse o Sumo-sacerdote da sua Real convidada. O Sapientíssimo Rei brilhou!

Continuavam os cumprimentos da Rainha de Sabá ao Rei Salomão. Citava, de cor, a Bela das Belas, passagens das obras de Salomão. Salomão a mais não chegava do que balbuciar “Então lestes as minhas obras…!" Triste espectáculo estaria Salomão a dar, não fossem tão pouco ruidosos os sussurros entre eles…

E de pouco mais, para além dos seus belos e grandes olhos negros, precisou a Princesa do Iémen para dobrar o coração do Grande Leão. E de pouco mais precisou a Princesa do Iémen depois de citar Salomão “Gozai a vida com as mulheres todos os dias da vossa vida”. E de pouco mais precisou a Princesa do Iémen para reduzir o Imortal à mais simples e comum condição de mortal apaixonado. E de pouco mais precisou a Princesa do Iémen…

- “Oh minha Rainha! Oh Rainha do meu coração! O meu coração espraia-se qual orvalho da Primavera sobre rosas sem espinhos nas amorosas paixões do Cântico dos esposos!”.

- “Oh Grande Rei dos Hebreus! Pode esta Sulamita crer? Oh Grande Rei dos Hebreus! Pode esta Sulamita vangloriar-se? Dignai-vos, Senhor meu, iluminar o meu obscuro juízo!”

Era o momento exacto para Salomão parar. Era o momento exacto para Salomão procurar outro tema para brilhar.

E Salomão falou. E Salomão falou das flores. E Salomão falou das árvores. E Salomão falou das aves. E Salomão falou do Sir-Hasirim. o Cântico dos Cânticos, esse cântico do eterno e terno amor.

Estava na hora. Estava na hora de Salomão dar a conhecer toda a sua imensa grandeza. Toda a sua imensa riqueza.

Estava na hora de Salomão convidar a Pérola da Arábia a conhecer o seu palácio, a visitar Jerusalém, a ver o Templo que estava a ser erguido na montanha de Sião em honra de Jeová.

Forma-se um imenso cortejo. Xilofones, músicos, cimbaleiros, flautistas e tantos outros! Todos precediam um enorme palanquim puxado por escravos Filisteus, onde seguiam os majestosos Reis em suas espojadas e dengosas poses.

Gostou, a Bela Rainha, de Jerusalém e do palácio do seu Real anfitrião, gabando àquela a largura das suas ruas e a este a sua elegância. E quis a Bela Rainha conhecer o arquitecto, o artista, que tão magnificente obra tinha concebido.

Continuou Salomão a dar mais e mais explicações dos seus projectos, não se cansando de realçar a grandeza dos mesmos, não se cansando de realçar os custos dos mesmos, desdenhando um pouco de Adoniram a quem chamou de personagem bizarra e meio selvagem.

Pediu-lhe então, a Rainha do Meio-Dia, que o dito Adoniram lhe fosse apresentado. Salomão mandou que Adoniram fosse trazido à sua presença.

Chegou Adoniram! Avançou para os Reis, cabelo em desalinho, braços nus, peito descoberto, com ar grave e audacioso. Com ele vinha Benoni, o seu fiel companheiro.

Quis, a Branca Filha da Manhã, saber das origens de Adoniram. Adoniram respondeu, falou, filosofou e a Branca Filha da Manhã ficou sem conhecer as origens de Adoniram.

Quis, a Branca Filha da Manhã, saber onde tinha Adoniram aprendido os segredos das suas artes. Adoniram respondeu, falou, filosofou e a Branca Filha da Manhã ficou sem saber onde Adoniram tinha aprendido os segredos das suas artes.

Quis, então, a Pérola da Arábia, felicitar todos os operários e, na sua presença, elogiar Adoniram. A tal pretensão opôs-se, timidamente, Salomão por achar inviável reunir milhares e milhares de operários que, em dia de festejos, se encontrariam espalhados por toda a cidade e vales e colinas circundantes!

Adoniram, sem pronunciar qualquer palavra, dirigiu-se ao peristilo exterior, ao seu lado Oriental, traçou no ar uma linha horizontal, para o meio da qual traçou uma perpendicular, obtendo assim dois ângulos rectos em esquadro como os produzidos por um fio de prumo suspenso numa régua. Era o T Sírio, era o Tha das terras do Ganges, era o Tau Grego, era o sinal de reunião!

E eis que vagas de operários, qual mar de gente, começam a convergir. Aquilo que, de início, parecia uma enorme confusão de pessoas depressa mostrou ser a mais organizada das marchas. Percebeu-se estarem a formar-se três grupos. No centro estavam os pedreiros e canteiros com os mestres nas primeiras linhas, os companheiros atrás dos primeiros e mais atrás os aprendizes. À direita, seguindo a mesma hierarquia estavam os carpinteiros, os marceneiros e os serradores. À esquerda, também na mesma ordem hierárquica, estavam todos os que trabalhavam os metais, fundidores, cinzeladores, ferreiros e mineiros.

Perante esta demonstração de poder, enquanto Salomão recuou assustado uns passos, a Pérola da Arábia saudou com um elegante e majestoso gesto as corporações, retirou do seu pescoço um colar de pérolas com um belo diamante encastoado num triângulo de ouro, dedicou-o a todos os operários e colocou-o ao pescoço de Adoniram. E tudo isto fez a bela Rainha sem pronunciar qualquer palavra.

De regresso ao Palácio ia o cortejo no mais profundo dos silêncios. Ambos os Reis iam embrenhados nos seus pensamentos.

Já Adoniram murmurava para consigo mesmo “Ai de mim! Porque é que os meus olhos tiveram de ver esta Pérola da Arábia!”

De regresso ao Palácio… eis que Salomão decide convidar a Bela Balkis a conhecer a sua residência rural em Mello no cimo de uma colina sobranceira ao vale de Josafá. Poderia assim privar um pouco com a sua esplendorosa hóspede sem que as suas conversas fossem escutadas. Sem que, as suas conversas, dessem origem a comentários por parte do seu povo.

Era uma casa simples construída ao gosto Sírio. Sabe-se que estiveram, um longo tempo, dentro da mesma. Não se sabe de que assuntos trataram enquanto lá dentro. Sabe-se que, quando saíram, a Branca Filha da Manhã, dizia “estais sozinho neste Reino. Eu representar-vos-ia, para a posteridade, com uma estátua dum Rei bem grande de um povo tão pequeno!” A Balkis era forte, corajosa, arrojada e impiedosa!

Continuaram a caminhada pelo exterior em silêncio, os dois, os dois sem os cortesãos, apreciando a beleza e o silêncio da noite que entretanto os tinha vindo brindar acompanhada de uma suave brisa que lhes fazia chegar aos cérebros todas as maravilhosas sensações dos perfumes exalados pelos lírios, pelas glicínias, pelas mandrágoras.

A Rainha movia-se suavemente, abanando-se um pouco como que possuída por uma inebriante languidez. O Rei seguia-a. O Rei sonhava. O Rei imaginava.

Por um momento ambos se sentiram apaixonados. Só com o olhar, sem qualquer palavra, entenderam o que lhes ia na alma e no corpo. A escuridão era propícia. A ausência de qualquer cortesão era o maior dos incentivos. Balkis, curiosa e comovida, estava na idade de amar!

Mas eis que surgem tochas, transportadas por escravos!

Eis que foi anunciado que a ceia estava servida!

Suas Majestades recuperaram a compostura própria das suas Reais Dignidades, e num profundo silêncio acompanhado por terríveis e insuportáveis ruídos nas suas mentes, dirigiram-se para casa!

Entretanto, mestre Hiram ao fim de sete dias de um muito árduo trabalho tinha logrado acabar os modelos e os moldes que iriam dar origem às enormes figuras que decorariam o Templo. Iniciou-se então o processo de fusão dos metais da qual resultaria o bronze com que iriam ser feitas as estátuas. Um imenso mar de gente acorreu. A curiosidade estava instalada em todos os habitantes de Jerusalém. Tratava-se da maior fundição que alguma vez tinha sido empreendida.

Adoniram, acompanhado pelos mestres dos operários, acompanhava, visivelmente nervoso, os últimos preparativos.

A importância deste passo da construção do Templo era tal que Solimão Ben Daud, acompanhado pela sua ilustre convidada e por toda a corte e precedidos por uma ruidosa fanfarra que anunciava a sua chegada, veio assistir ao evento. Adoniram, envergando um avental de lã branco, recebeu suas Majestades e conduziu-as aos improvisados tronos.

Benoni, o fiel e devotado companheiro de Hiram, tudo acompanhava percorrendo os grupos de operários, analisando o zelo individual, observando e julgando se as ordens eram bem cumpridas.

Eis quando senão, Benoni destroçado e assustado correu para Salomão arrojando-se a seus pés e em completo desespero lhe diz “ Senhor, mandai suspender a fundição, está tudo perdido, fomos traídos!”.

Salomão ordena-lhe que se explique.

E Benoni, o fiel companheiro de Adoniram, explica que quando estava a dar a volta à fornalha, por trás do muro, estava um homem escondido tendo-se-lhe juntado um segundo que trocou com o primeiro umas palavras em voz baixa e tendo-se chegado a estes dois um terceiro que também trocou umas palavras em voz baixa. Que, de seguida, ouviu nitidamente o que os três homens disseram:

O primeiro: Ele sujeitou os carpinteiros aos mineiros.

O segundo: Ele subordinou os pedreiros aos mineiros.

O terceiro: Ele quis reinar sobre os mineiros.

O primeiro: Ele dá força aos estrangeiros.

O segundo: Ele não tem pátria.

O terceiro: Está bem.

O primeiro: Os companheiros são irmãos.

O segundo: As corporações têm direitos iguais.

O terceiro: Está bem.

Prosseguiu Benoni explicando que percebeu que o primeiro homem era pedreiro porque disse que misturou calcário e tijolo para que a cal ficasse em pó, que o segundo homem era carpinteiro porque disse que prolongou as travessas das vigas para que as chamas as alcançassem, que o terceiro homem era ferreiro pois disse que tinha misturado na calda, lava de betume e de enxofre que tinha trazido do lago de Gomorra.

Rapidamente se percebeu que os três homens eram Fanor o pedreiro Sírio, Amru o carpinteiro Fenício e Metusael o mineiro Judeu.

Era tarde. Era demasiadamente tarde. Salomão compreendeu-o…

… Uma forte luz púrpura iluminou tudo em seu redor até às colinas…

Benoni, que tinha regressado para junto da fornalha, foi derrubado e engolido pelo imenso mar de bronze.

Adoniram, ao ver todo o seu trabalho a ruir com a torrente da fundição a extravasar, soltou um terrível e agudo grito de desespero que se ouviu no meio de todos os outros gritos de horror e dor. Toda a área ficou juncada de mortos e moribundos.

No meio disto tudo, Salomão e a Balkis mantinham a serenidade própria das suas majestades. Serenamente abandonaram o local da tragédia.

Hiram corria desesperado de um lado para o outro. Todos se afastavam dele. Muitos o invectivaram com desprezo, insultos e maldições.

Só o Sírio Fanor, o Fenício Amru e o Judeu Metusael se aproximaram e lhe deram palavras de incentivo, assegurando-lhe que as suas corporações tinham cabalmente cumprido as suas ordens e que teriam sido os operários estrangeiros que, pela sua ignorância, tinham comprometido o projecto…

Adoniram, desesperado, procurava Benoni. Adoniram, abatido, pensava que também Benoni o tinha abandonado. Adoniram, enganado, matutava que só Fanor, Amru e Metasuel não o tinham abandonado…

“Desonrado! Estou maldito”
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Meus amigos hoje, como ontem, temos de continuar a trabalhar para prosseguirmos na construção do Templo.

Meus amigos sejamos o Quarto Pilar, para que em união com os Pilares da Sabedoria, da Força e da Beleza possamos sustentar o Templo.
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Perú Recheado à moda da Avó Fica

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Ao organizar a lista de compras para o "Perú de Natal" ocorreu-me partilhar a receita da minha Avó Paterna.

Não fiz qualquer alteração para além de "as coisas" não serem passadas numa "máquina de passar carne" e sim numa " um dois três".

Acrescentei uma tabela para o tempo no forno de acordo com o peso do animalzinho.

Sugiro que metam mãos à obra e surpreendam os convidados.

Nota: costuma sobrar um pouco de recheio que congelo e passado algum tempo utilizo num frango.

Bom trabalho, bom apetite e bom proveito.

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PERÚ RECHEADO DE NATAL


BANHO DO PERÚ: 24 Horas
c/ cravinho espetado nas cebolas,
pimenta branca moída na altura,
2 limões às rodelas
2 laranjas às rodelas.

PREPARAÇÃO:
Prepara-se o banho pelas 14 horas do dia 23;
O bicho fica de molho até às (x) horas do dia 24 (ver tabela).

No dia 24 (hora do jantar – (tempo da tabela + 1h,30 +/-)):
Passar pela máquina (1,2,3) o presunto, toucinho, fiambre, carne de porco, miúdos do perú, pinhão, avelã e noz.
Picar 1 cebola e cozê-la em lume brando com 1 colher de sopa de manteiga – juntar às carnes;
Picar os picles, azeitonas, alho (sem a parte central), salsa – juntar às carnes;
Juntar às carnes o miolo da broa amolecido em leite;
Cozer 1 cenoura grande; passá-la pela (1,2,3) – juntar às carnes;
Juntar às carnes os ovos (claras e gemas);
Temperar com piri-piri moído na altura;

Misturar tudo muito uniformemente.
Rechear o papo do Perú.

Fechar o Perú: cozer a pele com linha, devagar e a cerca de 1 centímetro da borda; aproximar um pouco as patas do Perú e atá-las com linha.

Untar o tabuleiro com manteiga.

Pôr o Perú no tabuleiro e untá-lo com manteiga, regá-lo com manteiga derretida e vinho branco. Espalhar salsa por cima do animalzinho.

DESCANSAR E RECALCULAR A HORA INÍCIO PARA A COZEDURA.

Iniciar a cozedura.
De meia em meia hora chegar-lhe um pouco de vinho branco.
No fim, retirar as linhas antes de ir para a mesa.
Acompanha com: formas de arroz branco, batatas assadas ou fritas, cenouras estufadas e agriões.

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INGREDIENTES (P/ PERÚ DE 5-7 KG):

Manteiga (150 gr.)
Toucinho (50 gr.)
Carne de Porco (400 gr.)
Fiambre (100 gr.)
Presunto (150 gr.)
Miolo de Broa (200 gr.)
Leite (1,5 dl)
Picles Variados (6)
Azeitonas sem caroço (6)
Cebolas (2)
Ovos (2)
Pinhão (150 gr.)
Avelã (100 gr.)
Noz (100 gr.)
Cenouras (3)
Dente de Alho (1)
Salsa (1/2 molhe)
Sal (muito pouco)
Pimenta branca (a gosto)
Vinho Branco (bastante)
Piri-piri (a gosto)

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TABELA:

kg.............Forno(º)......Tempo(H)
3-4..........T6-200........2,45-3,00
4-5..........T5-190........3,00-3,15
5-7...........T4-175........3,30-4,00
7-9...........T3-150........4,15-4,45
9-10.........T3-150.......4,45-5,15
10-12.......T3-150.......5,15-6,00
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

ALELUIA! Prenda de Natal na Fisiogaspar!

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A Terapeuta.
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Obviamente que, para mal dos meus pecados, há um longo tempo já tinha constatado que na Fisiogaspar não havia Terapeutas. Na Fisiogaspar só havia Terapeutas!

"Terapeuta" é uma palavra uniforme quanto ao género. Vai daí, o que eu pretendo desabafar é que, até à data de hoje, na Fisiogaspar só havia Terapeutas do meu sexo. Não havia meninas Terapeutas.

A Fisiogaspar para além de, ao comemorar o seu décimo aniversário, ter evoluído para umas novas instalações “topo de gama”, levou a sua evolução um pouco mais longe e contratou uma Terapeuta!

Será que o António Gaspar “recebeu a Luz”?

Interessante “Iniciação”!

Admito que tal não tenha sido feito para deleite dos meus ditosos olhinhos. Mas que este indígena se sente beneficiado, ainda que indirectamente, com tal contratação é uma verdade “à Monsieur de La Palice”.

Não que em certos dias os meus olhos não andassem numa autêntica roda viva! Era a moreninha do “belíssimo pername” que foi operada umas duas semanas antes deste artista. Era a jovem de cabelo castanho e de suave sorriso. Era a, não menos jovem e bela, que um dia entabulou conversa no Hospital de Sant’Ana. Eram as bailarinas Espanholas. Enfim, a Fisiogaspar estava bem provida de doentes em reabilitação.

Atenção que "Doente" é outra palavra uniforme quanto ao género…

Eis que a caminho de casa dei comigo a ponderar afincada e interessadamente no grau de evolução e de recuperação das mazelas que afectaram “umeurricujuelhinhu”.

Nestas coisas o factor psicológico é um fortíssimo coadjuvante para se atingir o sucesso.

Cá com os meus botões… quer-me parecer que se passar a ser tratado pela Terapeuta… uma parte que só a mim cabe, a psicológica, será incrementada... a coisa resolver-se-á mais rapidamente…!!!

Bem, nesse caso, mais rapidamente também não seria de todo conveniente…

Que confusão que esta contratação gerou na minha cabecinha!

Mas, não será que a Terapeuta massajará o meu joelho com mais arte e engenho? E com mais suavidade? E, já agora, com algum carinho? E … com miminho? E… seria bom?

E quanto à sua concentração nos relatos que vou fazendo, com bastante assiduidade, sobre o que vou sentindo na zona lesionada e na subsequente troca de impressões? E quanto à sua capacidade de manter alguns outros interessantes diálogos? Quer-me parecer que, nestes particulares, dificilmente substituiria capazmente o Terapeuta Luís.

Lá se me vai a teoria da componente psicológica por água abaixo!

E… “ós pois” também era inglório e injusto para com o Terapeuta Luís que, após tanto trabalho da sua parte, agora que se começa a ver “uma luzinha muito pequenininha ao fundo do túnel” viesse a Terapeuta a colher os louros da minha recuperação!

“Tá decidido”. Nego-lhe esse fruto. Mas só esse! Quanto ao resto, a Terapeuta, que não se iniba. Que não se acanhe!

Mas… entretanto… para que eu não fique “augadinho de todo” sugiro que, em futuras ausências para formação, o Terapeuta Luís se faça substituir pela Terapeuta em detrimento dos Terapeutas Francisco, Nuno, Duarte ou outro!

Não me parece mal pensado de todo. Pode ser que “pinte alguma química”! Nunca se sabe! E este “pescador confesso", pretende continuar a ser um pouco pecador até que o G:. A:. D:. U:. o chame à sua presença!
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sábado, 6 de dezembro de 2008

Está suprida uma enorme carência!!!

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Nesta data, Sónia Pessoa que nasceu em 69 no Porto, que se licenciou na Escola Superior de Jornalismo onde tirou o Curso Superior de Comunicação Social, apresenta um livro na FNAC de Alfragide.

É natural que o faça dado que parece ter uma enorme paixão pela escrita. Foi redactora do Jornal Público da sua terra natal.

Não consta do currículum da Trintona, que tenha cursado qualquer área relacionada com a Psicologia, em especial Psicologia Infantil.

Tal carência, não impediu a sapiente criatura de se debruçar escrevendo e de nos brindar com um “book” de sua graça Ser diferente é bom!

O título pouco nos diz “per si”, porém é certo que se adequa, o que nem sempre acontece, ao conteúdo do mimo que é o livro ora apresentado.

É de saudar quem apareça a escrever e a publicar livros infantis.

Mas, salvo melhor opinião, nem toda a “bicha careta” estará apta a fazê-lo nem terá estofo para tal.

Fico um pouco preocupado quando se sabe, por palavras da nóvel autora, que:

este livro é o primeiro de uma colecção que aborda a diferença como uma mais valia num mundo, onde a diversidade nos rodeia
e
"... para mim escrever sobre a Maria que tem dois Papás... faz todo o sentido".

Bonitas e sábias palavras quando desinseridas do contexto que hoje comento.

Se tal anafadinha criatura pusesse o seu dom da palavra escrita ao serviço dos adultos, talvez saíssemos beneficiados com isso.

Agora, escrever um livro infantil sobre homossexualidade!
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Melhor Jantar do Mundo




































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Eu fui. Eu gostei. Eu aplaudi. Eu já estou com saudades!

Valeu a pena! Valeu mesmo muito a pena!

Não sei se o pomposo título de “O Melhor Jantar do Mundo” corresponde a uma qualquer realidade, a tal escala.

Para mim foi a melhor refeição desde que me conheço como um ser apreciador de bons manjares.

Foi carote ou mais do que isso até. Convidei o Dom Filho e a Dona Nora que, naturalmente, se fizeram acompanhar pelo Chefe Neto Afonso ainda no invólucro; dizem que verá a luz do dia em fins de Fevereiro. Aguardemos.

Os companheiros gostaram “da janta”. Eu gostei da dita e da companhia.

Andava eu, já havia uns bons 4 ou 5 anos, a tentar conseguir uma reserva no “El Bulli”. Outubro de cada ano era o mês da tentativa para conseguir uma mesa para o ano seguinte. Outubro de cada ano era, invariavelmente, o mês da desilusão.

23h,14m de 20 de Novembro de 2008 apita o telelé e eis que recebo uma das melhores mensagens que a Dona Filha, que se encontra em Milão, alguma vez me enviou. A equipa de cozinheiros de Ferran Adriá do “El Bulli” iria estar na 2ª feira dia 24 a preparar um jantar no Ritz – Four Seasons.

Como a Dona Filha tem outros assuntos com que me enganar…, tomei a informação por boa e tratei de me pôr de imediato em acção. Contactei o Ritz que me confirmou a existência de tal evento para o limite de 400 pessoas.

No dia seguinte ainda consegui efectuar as três inscrições e a transferência bancária. Quando obtive a confirmação… não devo escrever que me vieram as lágrimas aos olhos, porque parece mal…

Soube entretanto que o evento tinha por objectivo apoiar a "Terra dos Sonhos". Muito bem. Ia juntar ao agradável o útil.

Na segunda-feira, 27 minutos antes da hora aprazada para o jantar, demos entrada no Ritz. Ainda era cedo. Fui fazendo conversa fiada com os convidados para atenuar o nervosismo. Ao fim de várias tentativas frustradas para jantar no “El Bulli” ia finalmente degustar algo para mim completamente desconhecido, era mesmo caso para estar nervoso.

Não tenho um Dom da Oratória e da Escrita suficientemente capaz de transmitir as muitas e variadas sensações gustativas e de felicidade que experimentei durante o repasto! É pena!

Também não tenho conhecimentos culinários suficientes para descrever a forma como a comida teria sido cozinhada. É pena!

Pode ser que esses Dons e os conhecimentos culinários apareçam e se desenvolvam e nesse caso numa próxima oportunidade tentarei explicar o que comi. Haverá uma outra oportunidade? Eu quero que haja. Seria normal pensar que ao satisfazer este desejo tenha ficado satisfeito. Não, nada de mais errado! Quero MAIS, MAIS e MAIS!

Ó raio de gula que tanto atormentas aqui o indígena!

No fim os cozinheiros desfilaram na sala sob um fortíssimo aplauso dos presentes. Aplaudi sentado. Não me atrevi a aplaudir de pé, não fosse o Dom Filho opinar qualquer coisa do género “ Ó Pai toda a gente aplaudiu sentada e tu tinhas de te pôr de pé!!!”.

… se houver uma próxima oportunidade… vou sozinho… para aplaudir de pé…

Muito obrigado à equipe de cozinheiros do “El Bulli”.

Muito obrigado ao Dom Filho e à Dona Nora pelo transporte e pela companhia.

Muito OBRIGADO à Dona Filha pela sublime informação.
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http://www.terradossonhos.org/
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Futebol com claques Tourada com aficcion

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Meses de investigação paga por todos nós.
Acusação do Ministério Público paga por todos nós.
Tempo do Juíz pago por todos nós.
Tempo dos Funcionários Judiciais pago por todos nós.
Tempo dos Polícias pago por todos nós.
Possivelmente Advogados Oficiosos pagos por todos nós.
Pulseiras electrónicas pagas por todos nós.
Eteceteras pagos por todos nós.

É o verdadeiro regabofe!

Claques oficiais, oficiosas, não reconhecidas, etc.

Quem conseguirá pôr cobro às desmandas dos membros das claques?

Quantos agentes da autoridade são necessários nos chamados jogos de alto risco?

Vão buscar as claques aos comboios, às camionetes, ao raio que os parta, conduzem essa tropa agressiva aos estádios, vigiam-nos, devolvem essa malta aos meios de transporte.

Missão cumprida!

E nas estradas?
E nas auto-estradas?
E nas áreas de serviço?

Quantos agentes da autoridade ... - de 300 a 400!!!

Numa tourada, espectáculo artístico tão criticado por uns quantos, são precisos 10 a 12 agentes e apenas porque a Lei assim o determina.

Deem-nos sossego!

Não gastem mal o dinheiro dos nossos impostos!

Metam essa gente na ordem!

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Malta dos 3 Caxinhos PIROU

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Pirou cumó caraças!

Êtã na é cagora sempe que lá bou ber coisas arranca tomáticamente o pugama do Aleixo!

Já case cu sei decó!

Bai de ficá u paleio em fundo a stragarme u queu queru oubir carágo!

Ó PP e & componde lá isso caráças!

Se nã sabeides cumu fazélu procuraide infumação num bazar bizarru onde encontrareides banalidades, traques a triques e triques a traques.

Estaides isclarexidus?
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sábado, 8 de novembro de 2008

Fui-me a ELAS

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Hoje fui fazer uma aventura!

A Dona Nora e o Dom Filho estão Grávidos. Aqui o Dom Avô parece também o estar!

"Deram-me uns apetites" de castanhas assadas.

Para tal não há nada melhor do que ir ao Eduardo da Praça de Londres. Fui.

Desta feita não tive a companhia da Dona Filha que anda "lá pelas Itálias" a fazer Erasmus e não sei bem mais o quê!

Olha... não comeu...

Por aquelas bandas não creio que haja tão boa castanha assada como no Eduardo. Azari, azaró - foi a minha vez de dizer...

Por aquelas bandas fazem bom Marron Glacé, bom gelado de castanha, mas assar castanhas como o faz o Eduardo... não acredito...

Aquele pormenor de até uma certa altura seleccionar castanha da Beira Alta e mais tarde de Trás-os-Montes...

Aquele pormenor de serem bem calibradas...

Aquela calma pachorrenta na confecção das ditas...

O seu ar Bonacheirão...

O santo sacrifício da espera...

E depois, o regresso a casa, o descascar, o comer, o saborear...

É todo um ritual que só em Lisboa é possível!

E o facto de a Dona Filha não se encontrar presente não é razão suficiente para obstar à compra de 2 dúzias. Já "marcharam"!

Resultados?

Bem de um dou já conta - o meu rico joelhinho não me está a doer. À atenção do terapeuta Luís: há que introduzir, no protocolo da recuperação pós-operatória aos joelhos, a degustação e enfardação de castanhas assadas do Eduardo.

No meio disto tudo, há algo que não me agrada; há algo que deixa saudades; há algo que não está bem; há algo que definitivamente está mal.

Com a história das Normas da CEE, as mãos já não ficam com aquele aspecto característico com que ficavam no tempo do cartucho feito de folhas de jornal ou das listas telefónicas.

Essa gente não se podia dedicar à caça de gambozinos!?
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